Lembramos aos interessados que abriremos as inscrições para o ATL Jardinarte na próxima 2ª feira. O ATL irá acontecer de 2 a 4 de julho, das 14h00 às 17h00. É gratuito e limitado a 15 crianças entre os 7 e os 12 anos.
sexta-feira, 30 de maio de 2025
ATL Jardinarte 2025
quinta-feira, 29 de maio de 2025
Quinta-feira da Ascensão - Dia da Espiga
Hoje assinala-se uma tradição antiga que, apesar de já não ser feriado religioso, continua viva em muitas terras: a Quinta-feira da Ascensão, também conhecida como Dia da Espiga.
Desde tempos pagãos que, neste dia, se subia ao monte ou se ia ao campo agradecer pelas primeiras colheitas do ano. Mais tarde, a celebração foi associada à Ascensão de Jesus, mantendo os seus símbolos ligados à fertilidade, fartura e proteção.
O ramo da espiga é composto por: 🌾 Espiga (pão), 🌼 Malmequer (riqueza), 🌺 Papoila (vida e amor), 🫒 Oliveira (paz e azeite), 🍇 Videira (alegria e vinho), 🌿 Alecrim ou Rosmaninho (saúde e força).
Guarda-se em casa, atrás da porta, até ser substituído no ano seguinte.
Na Casa-Museu já temos preparado o nosso ramo, composto por quatro espigas de trigo, duas papoilas e uma centáurea azul.
Painel de azulejos
Faiança, estampagem, estampilhagem e pintura manual
Fábrica de Louça de Sacavém, Portugal, séc. 20 (1º quartel)
sexta-feira, 23 de maio de 2025
Dia Mundial da Tartaruga
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Tartaruga. O propósito é chamar a atenção para o perigo de extinção das tartarugas e cágados de todo o mundo e aumentar o conhecimento da população sobre estes animais.
Jarro de água com pires
Manuel Cipriano Gomes “O Mafra”
(Mafra,1829 - Caldas da Rainha,1905)
Faiança
Portugal, Caldas da Rainha,
ca. 1865-1887
quinta-feira, 22 de maio de 2025
quarta-feira, 21 de maio de 2025
Dançarina
Dançarina
Ernest Seger (Neurode,Silésia, 1868- Berlim,1939)
Marfim, bronze patinado e mármore
Alemanha, ca. 1920-1925
Dia Mundial da Abelha
Relembrando a importância do Dia Mundial da Abelha, 20 de Maio, data instituída pela Organização das Nações Unidas devido a sua relevância para a conservação da vida na terra.
quinta-feira, 15 de maio de 2025
quarta-feira, 14 de maio de 2025
terça-feira, 13 de maio de 2025
Finalizando, O DIA NACIONAL DO AZULEJO
AZULEJOS DE FACHADA
Fábrica de Loiça de Sacavém, 1910-1930
Largo dos Varadouros, n.º 5, Funchal
Que lindo verde! Tão fresco como o de um campo verdejante. Verde é esperança, vigor, natureza e juventude, quem não quer tudo isso? Ao dobrar a esquina da Praça para a Travessa dos Varadouros, espreite e não passe indiferente. Deixe-se levar pelas múltiplas sensações que despertam as diferentes tonalidades destes azulejos de uma só cor que, resistentes, sobrevivem neste recanto do Funchal.
São azulejos de padrão unitário e geométrico, composto por séries paralelas de hexágonos, alongados, debruados a pontilhado e que intercalam os de interior liso com os preenchidos com delicados enrolamentos afrontados. Realizados em pasta de pó de pedra, apresentam decoração em ligeiro relevo, prensada mecanicamente, o que resulta nos diferentes cambiantes de tom verde do vidrado transparente final. Para um efeito visual mais ritmado e subtil, estes azulejos deveriam estar assentes com o padrão alternado, de modo que as fiadas de hexágonos lisos e decorados não fossem coincidentes, mas esse foi um detalhe que o ladrilhador não respeitou.
Este é outro belo exemplo da série de azulejos Arte Nova, de produção industrial da Fábrica de Loiça de Sacavém, das décadas de 1910 e 1920. Padrões seriados deste tipo foram amplamente reproduzidos e difundidos em modelos monocromos (verde, castanho-mel, branco, entre outros), mas também nas suas versões policromas, ou seja, vidrados a mais do que uma cor. Vêem-se exemplos por todo o território nacional, sendo que na Madeira apenas se registam casos de aplicações pontuais.
Celebramos ainda, O DIA NACIONAL DO AZULEJO
AZULEJOS DE FACHADA
Ainda sobre - O DIA NACIONAL DO AZULEJO
Continuando - O DIA NACIONAL DO AZULEJO
PAINÉIS DE AZULEJOS “FLORISTA” E “FOLHAS DE BANANEIRA”
Hansi Staël (Budapeste, 1913 – Londres, 1961)
SECLA, Caldas da Rainha, 1957
Oculista Symphronio
Rua João Gago, n.º 14, Funchal
Não é educado perguntar a idade às senhoras. Mas quem acredita que esta jovem florista já entrou na terceira idade? 68 Primaveras passaram e ela continua jovial e garrida, tão fresca como as suas flores. Um verdadeiro regalo para a vista!
Era no interior do antigo “Oculista Symphronio” que se podiam apreciar 2 painéis de azulejos de temas típicos da Madeira. A florista, de traje regional com a sua cesta transbordante de flores bem equilibrada à cabeça e a outra pousada a seus pés, mostrava-se em modo de postal turístico, numa rua calcetada do Funchal. Num plano secundário, não faltava o carro de bois a passar, frente a um prédio. A segunda composição era menor e exibia folhagem de bananeiras sobre um fundo de céu claro, de um dia ensolarado. Neste trabalho cativa a pincelada solta, a aparente simplicidade do traço e a escolha dos tons, coloridos e variados. Surpreende o recorte irregular de ambos os painéis e o pormenor de num deles ter sido usada, a par da pintura cerâmica tradicional, a ancestral técnica de aresta, que subtilmente dá relevo e conduz o olhar para as longas hastes das orquídeas que a vendedora segura na mão e para outras flores variadas que enchem a cesta. A composição original era mais ousada, pois o desenho libertava-se dos azulejos e continuava, fluido e sem contornos definidos, pintado na parede, completando o carro, mas sem a preocupação de incluir os bois. Solta, do lado oposto, outra pintura mural mostrava um apontamento de barcos de pesca, com as redes ao alto e palmeira, remetendo para a pitoresca baía Câmara de Lobos.
Tradição e modernidade. Esta duplicidade está aqui bem patente e é o atributo que melhor define Hansi Staël (Budapeste, 1913 – Londres, 1961) a autora que assina este inédito revestimento, datado de 1957. Nesse preciso ano a artista, residente em Portugal desde 1946, termina a sua estreita colaboração com a Fábrica SECLA (Sociedade de Exportação e Cerâmica, Lda.), cuja direção artística assumiu em 1954 e onde fundou o Estúdio SECLA, vocacionado para as vertentes de inovação estética e decorativa da produção.
Não foi possível apurar ainda quem, ou para que estabelecimento foram adquiridos estes painéis. Mas o imóvel, projeto do Arquiteto Raúl Chorão Ramalho (Fundão, 1914-Lisboa, 2002), estava concluído em 1955, pelo que é de supor ser também da sua autoria o arranjo interior do primeiro espaço comercial do rés-do-chão e quem sabe a sugestão da própria encomenda. Em 1967, funcionava aí a representação da Fábrica de Louça de Sacavém na Madeira, pelo que é pouco plausível a aquisição de azulejos criados por um ceramista associado a outra unidade fabril. Em 1968 para aí passou o “Oculista Symphronio”, mantendo-se aberto até este ano. O espaço atualmente encerrado deverá ter outra utilização, pelo que estes belíssimos azulejos não estão de momento acessíveis ao público. Mas neste caso e ao contrário do que reza o ditado, apesar da “jovem” florista estar longe da vista, não está longe do nosso coração.
Continuação do DIA NACIONAL DO AZULEJO
PAINEL DE AZULEJOS FIGURATIVOS
António Quadros (Tondela, 1933-Tondela, 1994)
SECLA, Caldas da Rainha, ca. 1958
Casa do Bolo Caco
Rua Fernão de Ornelas, n.º 29, Funchal
Quem sabe o que se passa com este casal? Desconhecemos quem são e o que representam. Mas podemos supor. Pela sua nudez, ar desconfiado e um quê comprometido dir-se-ia tratar-se de um Adão agachado, olhando de soslaio para a Eva que dominante exibe o fruto proibido, parcialmente devorado. A tentação venceu e nada augura de bom. A envolvente é escura, as plantas e a água que jorra à direita são ameaçadoras, de tons frios e formas flamejantes. E até as flores, que brotam esporádicas, são vermelhas e amarelas como as chamas. É impossível ficar indiferente a este conjunto de azulejos que, apesar das suas linhas estilizadas, está latente de emoções.
Ao fundo do estabelecimento, este painel forra um nicho cujos azulejos fogem do formato quadrado, normalizado, e são retângulos dispostos na horizontal na composição figurativa e assentes na vertical os acinzentados das paredes laterais, onde se dispõem alternados os de padrão liso e os geométricos com volumetria. Na base, ao modo de floreira, rematam a frente blocos vidrados nos mesmos matizes de cinza e que repetem, na face frontal, o esquema de padronagem já descrito.
Este original e invulgar revestimento foi encomendado para a loja de decorações de interiores “Decorama” (a funcionar desde 1958), pelo seu proprietário o empresário madeirense Comendador João Silvério Cayres. Porta ao lado, no número 31, este célebre antiquário abrira, em 1950, o seu primeiro estabelecimento de antiguidades “Arte Antiga”. Apostando numa vertente artística alternativa, a “Decorama” oferecia uma variada gama de objetos de arte moderna (pinturas, esculturas, mobiliário, vidros e cerâmicas), daí a escolha de um painel impactante e modernista condizente com o novo espaço comercial. Segundo indicação da Dra. Luíza Clode, antiga diretora do Museu de Arte Sacra do Funchal e dedicada investigadora na área da azulejaria madeirense, estes azulejos são da autoria de António Quadros, pelo que na falta de assinatura esta atribuição é a possível e provavelmente a correta. António Augusto de Melo Lucena e Quadros (Tondela, 1933-1994) era à época um artista emergente, estudante de Belas Artes e bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, mas que o escrutínio treinado do negociante de arte madeirense soube desde logo detetar. Este artista, que se revelou em áreas tão diversas como pintura, urbanismo, arquitetura, cenografia e escrita, foi também ceramista e entrou para a SECLA, em 1959. A Fábrica SECLA (Sociedade de Exportação e Cerâmica Limitada), nas Caldas da Rainha, tornou-se a partir dos anos 50 um dos polos mais ativos de produção e experimentação de artistas contemporâneos, pelo que é mais que provável que a encomenda deste painel tenha aí a sua origem. Para uma loja que se propunha vender cerâmica nacional, contemporânea e de autor, os contactos com esta fábrica seriam então inevitáveis.
Ainda sobre o DIA NACIONAL DO AZULEJO
AZULEJOS DE FACHADA
Fábrica de Loiça de Sacavém, 1900-1925
Direção Regional do Trabalho
Rua João Gago, n.º 4, Funchal
Não é caramelo salgado, mas até parece. A cor é tão apetecível como o doce. E apenas resta uma barra de 3 fiadas de azulejos, para atestar o revestimento original desta fachada.
São azulejos industriais, produzidos pela Fábrica de Loiça de Sacavém, no primeiro quartel do século 20. Realizados em pasta de pó pedra, com a decoração relevada, prensada mecanicamente e depois revestida a vidrado translúcido castanho-mel. O especial encanto destes revestimentos reside precisamente nas diferentes tonalidades da cor dos vidrados transparentes, as quais resultam das variações da espessura da respetiva camada, que se torna mais fina e clara onde o relevo é alto e espessa e intensa nas zonas baixas.
São azulejos seriados de padrão, unitário e repetitivo, de flor estilizada e pétalas dispostas em cruz ao redor de um núcleo quadrangular e com os 4 cantos decorados com elemento de ligação para formar florões secundários entre os módulos. Estão perfeitamente conjugados com o estreito friso, da mesma cor e técnica, ornamentado com motivos florais inscritos em cadeia de reservas ovais e quadrangulares intercaladas que remata o topo. Complementa o conjunto uma extensa barra de fundo branco e flores coloridas, a estampilha com retoques de pintura manual, que se estende coroando todo o piso térreo do edifício. Todo o revestimento é característico do período Arte Nova, da produção da Fábrica do Loiça de Sacavém e é coerente com os anos 20, período de construção atribuível ao edifício. Curiosamente, em 1923, neste n.º 4 (atual Direção Regional do Trabalho) estava instalada a casa de bordados “German & Cie.” (de L. Boutitie e Sucessores) e o Correio e Telégrafo funcionava, no mesmo imóvel, mas na porta abaixo, n.º 2 (hoje o restaurante “O Calhau”).
A Arte Nova floresceu em Portugal e refletiu-se na azulejaria nacional através de composições arrojadas de linhas elegantes e cores vivas, inspiradas em formas movimentadas e na natureza. Azulejos de padronagem, frisos e barras enriqueceram imóveis por todo o país, revestindo as fachadas, pontuando frontões ou emoldurando portas, vitrinas e janelas. Que pena restar apenas esta insólita mostra, do que teria sido um revestimento bem marcante da cidade. Mas não seria difícil devolver-lhe a dignidade, bastando para tal a retirada da cablagem danosa, intrusiva e a harmonização da pintura parietal para uma tonalidade clara, branca ou ocre, menos contrastante.
quarta-feira, 7 de maio de 2025
DIA NACIONAL DO AZULEJO, 6 de maio
PAINEL DE AZULEJOS
Querubim Lapa (Portimão, 1925-Lisboa, 2016)
Fábrica Lusitânia, Lisboa, 1971
Centro Comercial da Sé
Rua Dr. António José de Almeida, n.º 4, Funchal
Deixe-se levar pelas sensações inesperadas que suscita o universo marinho dos azulejos que revestem a parede interior do Centro Comercial da Sé. Mergulhe sem hesitar nos cambiantes de azul vibrante daquele mar de vagas ondulantes, esbranquiçadas à superfície e fundo repleto de seres vivos. Submersos, descobrem-se peixes, crustáceos, moluscos marinhos e algas verdes que se inclinam à mercê da corrente, presas às irregularidades das rochas de tons quentes e melados. Só um artista do gabarito de Querubim Lapa (Portimão, 1925-Lisboa, 2016), reconhecido pela sua componente de estética poética, poderia oferecer uma interpretação tão bela quanto original!
Este singular painel foi especialmente encomendado para valorizar a Cervejaria Coral, estabelecimento arrojado e moderno, alvo de um cuidado projeto de instalação do Arquiteto Raúl Chorão Ramalho (Fundão, 1914-Lisboa, 2002), o mesmo que pouco antes fora responsável pela adaptação a aparthotel de todo o imóvel, então designado edifício Guilloteau. Ocupando o rés-do-chão, a cervejaria foi concebida ao detalhe por Chorão Ramalho, que inclusive desenhou o próprio mobiliário com a colaboração do Escultor Amândio de Sousa (Funchal, 1934-Funchal, 2021) e se preocupou em escolher Querubim Lapa, à época um nome maior e de vanguarda do panorama artístico português, para intervir no espaço de forma marcante e decisiva. Este painel cerâmico, de vidrado inconfundível, assinado e datado “Querubim 71 Lisboa”, foi realizado na Fábrica Viúva Lamego, com a qual o artista colaborou de forma duradoura ao longo da sua carreira.
Quem imaginaria que este magnífico exemplar de autor, um pouco desvirtuado nos anos 80 na sequência das obras de adaptação do espaço a Centro Comercial, chegaria aos dias de hoje quase esquecido. É fundamental valorizar e zelar pelo que temos. Ver menos
Dia Nacional do Azulejo - 2025
No Dia Nacional do Azulejo realizamos durante a manhã 2 visitas com alunos do 5 ano da Escola Básica/PE de Santo António e Curral das Freiras.
DIA NACIONAL DO AZULEJO, 6 de maio
segunda-feira, 5 de maio de 2025
Comemorações do Dia Nacional do Azulejo 2025
Na próxima terça-feira, 6 de maio, a Casa-Museu Frederico de Freitas associa-se às comemorações do Dia Nacional do Azulejo.A celebração deste dia, consagrado ao azulejo português, é uma chamada de atenção para a importância deste património que constitui parte da nossa identidade cultural. É ainda uma oportunidade para promover a sua valorização e para abordar a necessidade da sua proteção e preservação.
A entrada é livre, das 10h00 às 17h30.
Visitas orientadas, às 11h00 e às 15h00.
domingo, 4 de maio de 2025
"Santas Mães!"
"Santas Mães!" culminou ontem aqui por Casa. A 4 mãos, filhas(os) e mães, bordaram o postal que foi a prenda realizada anteriormente. As crianças fizeram a visita guiada às suas mães transmitindo a informação que receberam. Depois, foi o momento de, com muito amor, entre linhas e pontos, criarem um coração cheio de vida.