Hoje, 6 de maio celebra-se o Dia Nacional do Azulejo, efeméride que tem como objetivo chamar a atenção para este tipo de património que tão bem nos identifica. Portugal não inventou o azulejo mas adotou-o como seu e há mais de 5 séculos que ele constitui uma marca constante da nossa herança cultural. A sua presença é tão comum que deixamos olhar as paredes azulejadas que nos acompanham no dia a dia. Nas fachadas, nos interiores ou nos coruchéus dos templos, nos pátios, nos miradouros, nas fontes, nos jardins, nos edifícios públicos, são presença habitual. São apontamentos de azul, de brilho e de beleza que temos por garantidos, mas que são frágeis e que é preciso conhecer, apreciar e salvaguardar. A constante exposição, grande visibilidade e fácil acesso, são fatores de risco acrescido que os torna particularmente sujeitos ao desgaste, a ações de vandalismo e ao roubo. Com esta comemoração pretende-se realçar a importância do azulejo português e do seu futuro, através do incentivo à produção artística atual e de iniciativas que promovam a sua valorização, proteção e fruição.
A coleção de azulejos da Casa-Museu Frederico de Freitas foi constituída precisamente entre as décadas de 40 e 70, época em que não se prestava grande atenção a este tipo de património, e foi graças a ela que se preservaram inúmeros exemplares aplicados na Madeira e que sem dúvida teriam desaparecido. Tornou-se de tal forma extensa e representativa que mereceu um edifício propositadamente construído para acolhê-la, a Casa dos Azulejos. Aí é possível acompanhar a história deste revestimento cerâmico em Portugal e no Mundo, desde as origens à atualidade.
Naturalmente a Casa-Museu não podia deixar de se associar a esta comemoração nacional e apresenta um programa específico para a próxima segunda-feira, 6 de maio. Apesar de ser o dia de encerramento semanal, a Casa dos Azulejos estará aberta, com entradas gratuitas entre as 10h00 e as 17h30. Serão proporcionadas duas visitas orientadas à exposição permanente de azulejos, às 11h00 e às 15h00. Estas visitas intituladas “Brilhos e Harmonias” terão a duração de cerca de 60 minutos e irão abordar as origens e a evolução do azulejo, bem como as diferentes técnicas de fabrico.
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