terça-feira, 8 de março de 2016

8 de março de 1857


No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Algumas conquistas históricas das mulheres:
– 1788: O político e filósofo iluminista francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres;
– 1792: Na Inglaterra, Mary Wolstonecraft escreve um dos grandes clássicos da literatura feminista – A Reivindicação dos Direitos da Mulher – onde defendia uma educação para meninas que aproveitasse o seu potencial humano.
– 1840: Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos, pouco antes de estourar a Guerra de Secessão.
– 1859: Surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
– 1862: Durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
– 1865: Na Alemanha, Louise Otto cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
– 1866: No Reino Unido, em plena Revolução Industrial, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.
– 1869: É criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.
– 1893: Na Nova Zelândia, pela primeira vez no mundo, as mulheres têm direito ao voto.
– 1870: Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de medicina.
– 1874: Criada no Japão a primeira escola normal para raparigas.
– 1878: Criada na Rússia uma universidade feminina.
– 1901: O deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.
– 1923: No Japão, as atletas femininas ganham o direito de participarem das academias de artes marciais.
– 1945: Após a Segunda Guerra Mundial, a igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida em documento internacional, através da Carta das Nações Unidas.
– 1948: A holandesa Fanny Blankers-Koen, 30 anos, mãe de duas crianças, foi a grande heroína individual da Olimpíada, superando todos os homens ao conquistar quatro medalhas de ouro no atletismo.
– 1949: A francesa Simone de Beauvoir publica o livro O Segundo Sexo, no qual analisa a condição feminina.
– 1951: Aprovada pela Organização Internacional do Trabalho a igualdade de remuneração entre trabalho masculino e feminino para função igual.
– 1974: Na Argentina, Isabel Perón torna-se a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente.
– 1975: Na Argentina, comemora-se o Ano Internacional da Mulher. A ONU promove a I Conferência Mundial sobre a Mulher, na Cidade do México. Na ocasião, é criado um Plano de Ação.
– 1983: Nos Estados Unidos, Sally Ride é a primeira mulher astronauta. Voou na nave espacial Challenger.
– 1985: No dia 29 de agosto, foi criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) com a finalidade de promover, em âmbito nacional, políticas que visem eliminar a discriminação da mulher, assegurando-lhe condições de liberdade e de igualdade de direitos, bem como a sua plena participação nas atividades políticas, económicas e culturais do país.

– 2001: A alemã Jutta Kleinschmidt é a primeira mulher a vencer o Rali Paris-Dakar, na categoria carros.

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