Exposição temporária "Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe"

 

Pormenor da exposição temporária "Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe". Pode ser visitada até dia 9 de novembro, das 10h00 às 17h30. Entrada livre.

Exposição temporária "Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe"

Florista

Barro moldado, modelado, policromado e madeira

1938, Portugal, Madeira. 

Peça exibida na exposição temporária dedicada à obra do artista madeirense Roberto Cunha. Pode ser visitada de terça a sábado, das 10h00 às 17h30. Entrada livre.

"Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe"

 

Este borracheiro de barro policromado, entre outras peças, está na nossa exposição "Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe" que estará aberta até 9 de novembro. Venha tentar encontrá-lo! A questão da escala desperta curiosidades. É uma oportunidade, única, para conhecer o trabalho deste madeirense desconhecido de muitos dos seus conterrâneos. 

De terça a sábado, das 10h00 às 17h30, com entrada livre.

"Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe"

 

Exposição temporária "Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe" até 9 de novembro com entrada livre.  

                                                                                                                                                                      Caricaturista e ceramista de invulgar talento, Roberto Luís Paiva e Cunha era um homem raro, no sentido de ser único e inesquecível. O seu percurso foi o dos homens simples e discretos, mas plenos, com vertentes inesperadas e gratificantes pela sua ânsia de perfeição e capacidade de criar. A sua vida deixou rasto através de uma obra que, sendo a sua marca, importa resgatar, registar e valorizar porque enaltece a terra que o viu nascer e torna-nos mais ricos, a nós, seus conterrâneos.

É a sua faceta humana que o distingue. Amável, fiel aos compromissos, prestável e muito crítico das suas criações, gostava de novos desafios. O seu olhar, atento e arguto, capta, através da caricatura e do barro, a essência e os detalhes que escapam ao observador comum. Amante da figura humana, são os homens e as mulheres do seu tempo, as vivências da sociedade madeirense que retrata com humor brando, nunca lesivo. São os tipos populares e os costumes regionais que o atraem e que fixa com um realismo natural, sempre prazenteiro e de algum modo favorecedor. 

Nasceu na Calheta, a 22 de setembro 1901, filho de Henrique Augusto Cunha, funcionário da Administração Pública, e da sua mulher, Maria Teresa de Paiva Cunha. Foi o sexto de doze irmãos e o quarto do segundo casamento do seu pai. Passou a infância na Calheta, até à mudança da família para o Funchal. Aos 14 anos matriculou-se na Escola Industrial António Augusto Aguiar, na Oficina de Carpintaria e nas cadeiras de Desenho Elementar, Língua Portuguesa, Aritmética e Geometria. Não terminou a formação, mas teve aulas com o experiente artista Luís António Bernes, um dos mais profícuos pintores na decoração de igrejas da Ilha. Trabalhou como desenhador numa casa de bordados e aos 20 anos ingressou na Western Telegraph Company, vulgo “Casa da Linha”, a empresa britânica do cabo submarino. Nos 40 anos seguintes, aí decorreu a sua carreira profissional, primeiro como telegrafista e depois como mecânico. 

A família foi um dos seus fundamentais pilares.  Casou em 1925 com Maria Amélia de Oliveira e Castro Henriques e foi um pai presente e dedicado de António Henrique, Carlos Augusto e Margarida. Para eles criou um teatrinho de marionetas, modelou em barro personagens da sua predileção e reservou as suas mais exclusivas criações.  

Reformado aos 60 anos, sentia-se tranquilo e feliz, dedicado às suas grandes paixões - o barro, a mecânica e os netos. Faleceu, demasiado cedo, em 1966, numa fase ainda repleta de criatividade e de grande apuro técnico. Foi galardoado a título póstumo pelo Governo da Região Autónoma da Madeira, a 19 de setembro de 1996.

Dia Mundial da Alimentação

 

No Dia Mundial da Alimentação salientamos dois dos nossos espaços relacionados com o tema. 

Venha conhecê-los!

A Cozinha assumia um papel fundamental na vivência 

desta casa onde, para além de um núcleo familiar 

alargado, os convidados eram presença habitual. 

Aqui impõe-se, pelas suas dimensões e antiguidade, 

o fogão a lenha totalmente recuperado e operacional. 

O restante mobiliário também foi mantido, tendo sido 

restaurado e em alguns casos adaptado, para melhor 

visualização das peças. É curiosa a mesa de amassar 

com a sua pedra de mármore gravada. Encontram-se aqui

panelas, tachas, chocolateiras, chaleiras, 

aquecedor de cama, medidas, maioritariamente em 

cobre, bem como outros apetrechos de cozinha.

A Casa de Jantar está mobilada com um aparador, 

mesas e cadeiras inglesas, do século 19, em mogno 

e uma imponente arca portuguesa, em angelim, 

do século 17. Sobre as mesas distribuem-se caixas 

de faqueiros e de licores, em madeira, de fabrico 

inglês e nacional. As vitrinas acolhem a coleção de 

leiteiras de porcelana chinesa de encomenda, dos 

séculos 18 e 19. Decoram as paredes três grandes 

aguarelas com paisagens madeirenses, pintadas por 

Henry Bowser Wimbush (1858-1943), aguarelista, de 

origem londrina que passou pela Madeira em 1899.

"Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe"

Moendo cereal à porta de casa

Roberto Cunha (1901-1966)

Barro

Funchal, 1948

Peça do acervo da CMFF que pode ser vista na exposição temporária "Roberto Cunha, a paixão pelo detalhe", de terça a sábado, das 10h00 às 17h30. Entrada livre. As visitas guiadas necessitam de marcação prévia.