O café Apolo foi desde início instalado neste edifício, construído de raiz para o efeito e inaugurado a 1 de dezembro de 1945. A sua arquitetura de linhas retas e austeras é típica do período do Estado Novo. O Apolo é desde sempre um ponto de encontro e de convívio na cidade do Funchal. Quem transita pela agitada área frente à Sé, quase não se apercebe da presença discreta, porém emblemática, do painel de azulejos que desde sempre decora o topo da fachada. Está atribuído ao pintor António Costa, um dos principais artistas associados à Fábrica Lusitânia, de Lisboa.
Este painel polícromo, de fundo amarelo, está pintado nas cores azul, verde, manganês e branco. Exibe ao centro um elegante vaso de flores, ladeado por grinaldas que pendem com panejamentos de umas flores inscritas na cercadura. A cercadura irregular e de fundo azul, é composta por uma sequência de rosas, de cores alternadas, e folhas. Nesta composição o pintor recria a antiga temática das albarradas (vasos floridos) caraterística do período barroco e patente na azulejaria portuguesa desde a segunda metade do século 17.