segunda-feira, 17 de maio de 2021

CORES QUE FAZEM SENTIDO - verde

 

VERDE é a cor que significa liberdade, saúde e vitalidade. Simboliza a natureza e a juventude. Do latim viridis, a palavra “verde” estava associada à “planta que cresce”, que não atingiu o pleno desenvolvimento, que não é ou não está maduro, com pouca experiência de vida. Já o “meter o pé em ramo verde”, indica entrar em domínio pouco seguro, desconhecido. Por outro lado, a expressão “Ah! Mas são verdes”, indica alguém que desdenha algo que não pode obter. O verde é a cor complementar do vermelho e resulta da junção do pigmento amarelo e do azul, é tida como calmante, associada ao descanso e ao equilíbrio.

Notoriamente tóxico e quimicamente instável, o verde demorou a conquistar o mundo ocidental, mas não o Islão que com ele se identifica. Ausente das pinturas no Neolítico e remetido a um papel discreto na Antiguidade, o verde foi durante os séculos seguintes associado a tudo o que é volúvel e dúbio, desde a infância, à fortuna e infortúnio, à ventura e desventura, mas sobretudo ao destino. Assim era uma cor nem sempre usada nas roupas e nas joias, mas que há muito prevalece nos panos que forravam as mesas dos jogos de fortuna ou de azar.

O verde é uma das cinco cores litúrgicas usada nos paramentos da Igreja, é o emblema de vida e de esperança e por isso é a cor mais frequente, destinada aos dias comuns e a todos os domingos que não tenham celebrações associados e, por isso, sem cor própria.

Apenas na época romântica se tornou definitivamente a cor da natureza, o que lhe permitiu conquistar um lugar privilegiado na paleta de cores do Ocidente. É sem dúvida a cor do dinheiro. Atualmente a cor verde está associada à saúde presente na sinalética das farmácias, aos movimentos ecológicos e de preservação do meio ambiente. No trânsito, temos a “via verde” e o semáforo, que indicam para seguir em frente.

Na Casa-Museu Frederico de Freitas o verde são as cúpulas, os tapa-sóis, as ferragens das varandas, os bancos, as avencas do tanque e o portão da entrada, num convite a quem passa, um sinal claro para avançar e visitar.

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