terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Foi assim o nosso 1º dia do ATL "Vamos Guardar o Nosso Natal".

 





ATL "Vamos Guardar o Nosso Natal" - 21 e 22 de dezembro


A Casa-Museu Frederico de Freitas, com o objetivo de dar a conhecer o espólio alusivo ao Natal da coleção do Dr. Frederico de Freitas e de sensibilizar as crianças para a riqueza das tradições e vivências do Natal na Madeira, promove nos próximos dias 21 e 22 de dezembro o ateliê “Vamos guardar o nosso Natal”, que este ano irá acolher 10 crianças entre os 7 e os 12 anos. 

Durante estes dois dias serão realizadas visitas guiadas ao espaço da Casa-Museu e desenvolvidas atividades lúdicas, onde as crianças poderão explorar os presépios, incluindo as tradicionais escadinhas e rochinhas, e algumas obras de arte que representam cenas e figuras relacionadas com o Nascimento de Jesus; descobrir os usos e costumes do Natal madeirense e, ainda, realizar atividades de expressão plástica alusivas à época.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Hoje, 15 de dezembro, seria dia de festa nesta Casa!!!


Frederico Augusto de Freitas, filho de Cândido Galhardo de Freitas e de Adelaide Augusta da Cunha, nasceu a 15 de Dezembro de 1894. Cursou o Liceu do Funchal. Formou-se em Direito, pela Universidade de Coimbra, nos anos de 1912-1917. 

Advogado e notário, foi um dos mais brilhantes da sua geração. Em 1918, começou por trabalhar como ajudante no Cartório Notarial do Funchal. Em colaboração com Pedro Goes Pitta e com o Juvenal Henriques de Araújo publicou, entre 1920 e 1922, a “Revista de Direito”. Foi chefe da Secretaria Notarial do Funchal, serviço onde trabalhou até 1965, final da sua vida ativa, num percurso que o distingue como dos mais notáveis e conceituados do país. A par exerce advocacia, desenvolvendo uma carreira igualmente profícua. 

Foi homem com responsabilidades e papel ativo em vários domínios da vida pública regional. Empenhou-se em grandes e importantes projetos ou causas, de interesse comum para a comunidade, fossem eles de natureza cultural, benemérita ou outra.

Pessoa de personalidade forte é ainda lembrado pela sua forma de se expressar e particular sentido de humor. Cultivava sólidas ligações de amizade. Tinha um interesse particular pela fotografia, sendo a sua faceta mais conhecida a de apreciador de arte e colecionador. As suas coleções, legadas à Região em 1978, estão na origem da Casa-Museu Frederico de Freitas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

"O Natal na Casa da Calçada"


O Natal é a época do ano mais intensamente vivida pelos madeirenses. Os convívios familiares e entre amigos multiplicam-se nas casas enfeitadas. É esse o espírito que se pretende preservar na Casa-Museu Frederico de Freitas ao abrirmos as nossas portas com um percurso especialmente concebido para valorizar o acervo ligado ao Natal. 

No tempo do Dr. Frederico de Freitas a Casa da Calçada apresentava-se particularmente atrativa. As grandes limpezas deixavam as madeiras, os metais, os vidros e os cristais a brilhar. Os presépios saíam dos armários e exibiam-se por entre verduras e enfeites. Deliciosas receitas tradicionais eram preparadas e saboreadas nas mesas de jantar e do chá adornadas com as melhores loiças, cristais e bordados. É assim que a Casa-Museu se apresenta e são essas as memórias que inspiram o “O Natal na Casa da Calçada”. 

Interessantes e variados presépios, de origem regional e nacional, datados dos séculos XVIII, XIX e XX, são montados pelos diversos espaços da Casa. Merecem especial realce as imagens do Menino Jesus entronizado em escadinhas, as caixas de presépio do século XVIII e XIX e o grande presépio de rochinha. Nas Salas de Jantar e do Chá belos serviços de faiança inglesa, pratas, cristais e bordados, são mostrados unicamente nesta quadra e exibem-se sobre as mesas montadas a preceito. Tudo fica pronto para usufruir e celebrar a Festa. O objetivo é relembrar vivências, requintes e usos passados, lançando o convite “venham conhecer os nossos Nascimentos”, tal como dizia o Dr. Frederico de Freitas.

A visita aos presépios na Casa-Museu Frederico de Freitas é gratuita, de 9 de dezembro a 15 de janeiro, de terça a sábado, entre as 10h00 e as 17h30. As visitas guiadas realizam-se para grupos, com o mínimo de 6 pessoas, sob marcação prévia através dos Serviços Educativos.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

"O Natal na Casa da Calçada"


A exposição temporária "O Natal na Casa  da Calçada" pode ser visitada de 3ª a sábado das 10h00 às 17h30 com entrada gratuita. Lembramos que será necessário mostrar comprovativo de vacinação e teste negativo à covid-19. As visitas guiadas realizam-se para grupos, com o mínimo de 6 pessoas, sob marcação prévia através dos Serviços Educativos - 291 202578.

Estão abertas as inscrições para o nosso ATL de Natal.

 


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Bom dia!


Funchal Cathedral, From The Beach 

Litografia, Frank Dillon (desenhador ) W. H. Walton (litógrafo), Londres,  1850


sábado, 23 de outubro de 2021

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

#diamundialdamusica


Country Musicians Autores desconhecidos Água-tinta colorida a aguarela R. Ackermann, Londres, 1821 


A música faz parte do nosso quotidiano, une as pessoas e alegra a vida. Os músicos itinerantes integram a herança cultural madeirense. Presença obrigatória nos arraiais e em outras festividades, viajavam de um ponto para outro da ilha, levando os seus instrumentos e adaptando a música a cada ocasião. Tocavam, cantavam e dançavam animando tudo e todos.


sexta-feira, 24 de setembro de 2021

CORES QUE FAZEM SENTIDO - amarelo

 

The Banana Fruit

Jane Wallas Penfold, desenhadora (Madeira, 1821- Bath, 1884)

Robert Ewan Bowler, litógrafo (1794-1874)

Litografia impressa a preto, colorida a aguarela

Reeve Brothers, Londres, 1845


A cor AMARELA deste fruto, tipicamente madeirense, destaca-se nas bancas do Mercado dos Lavradores. Com bagos relativamente pequenos e um sabor agradável e característico, muito doce, faz as delícias de miúdos e graúdos.

Este desenho, da autoria de Jane Wallas Penfold, foi litografado e publicado no álbum “Madeira: flowers, fruits & ferns”, em 1845. Este livro contém 20 litografias aguareladas, de plantas e frutos, precedidas de um texto com a descrição científica, explicações sobre cada espécie e algumas informações locais. O álbum, interessante e raro, sobre botânica madeirense promoveu a imagem da Ilha no século 19 como paraíso tropical, propondo-se estimular o interesse pela Madeira enquanto destino adequado para o estudo da botânica e a produção artística.

No que se refere à “The Banana Fruit. Musa Paradisiaca” trata-se de uma espécie que existia na altura na Madeira, conhecida por banana plantina e que o Pe. Eduardo Pereira, no Elucidário Madeirense (1921), menciona ser consumida frita ou cozida. A seu respeito a autora adianta que era particularmente benéfica para os doentes, pelas suas qualidades nutrientes e digestivas. Acrescenta que, na Ilha, para além do fruto, toda a planta era aproveitada, a casca, as folhas e a parte mais carnuda do tronco eram dados aos animais como alimento, enquanto que o exterior, mais seco, era aproveitado para fazer cordame, usado na ligação das aduelas dos barris.

Jane Wallas Penfold, nasceu na Madeira em 1821, filha de Sarah Gilbert e de William Penfold, comerciante de vinhos, residente na Quinta da Achada, freguesia de São Pedro. Particularmente interessada em botânica e apoiada por quatro naturalistas, aventura-se nesta publicação, cuja edição juntou 58 subscritores, com 68 cópias reservadas. Em 1846 casa-se com William Withey Mathews, mudando-se depois para Inglaterra, onde veio a falecer em Bath, no ano de 1884.

Há notícia do cultivo da banana na Região desde 1552, tratava-se então da bananeira da terra, espécie entretanto extinta. As variedades mais cultivadas a partir do século 19, são a bananeira anã (Musa cavendishii) e a de prata (Musa sapientum), sendo o fruto da primeira o único que se destinava à exportação. A bananeira anã era conhecida localmente por bananeira de Demerara, uma vez que foi importada daquele país para a Ilha cerca de 1842. Já a bananeira de prata só começou a ser cultivada, alguns anos mais tarde, no final da mesma década.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Época das vindimas

 

The Lagar or Wine Press 

Litografia, W. S. Pitt Springett (desenhador) T. Picken (litógrafo), Londres,  ca. 1843


sábado, 21 de agosto de 2021

Dia da Cidade

 

Journal of a visit to Madeira and Portugal

O diário escrito por Isabella de França é o relato da sua viagem à Madeira e a Portugal, nos anos de 1853 e 1854. Trata-se de um manuscrito encadernado, constituído por 342 páginas de papel de linho azul, com letra regular, sem rasuras ou acrescentos de qualquer espécie. Não tem título, nem sequer se encontra dividido em capítulos, apresentando apenas as páginas numeradas no canto superior direito. O texto é complementado com um conjunto de 24 aguarelas pintadas sobre papel, por sua vez colado em cartão e, à exceção de uma, todas se encontram identificadas com título e a indicação da página do texto a que respeitam. O conjunto foi adquirido pelo Dr. Frederico de Freitas em Londres, entre os anos de 1937 e 1938. Desde início houve intenção de publicar este inédito, tendo o projeto sofrido sucessivos adiamentos até 1967. Neste ano, o Eng.º João Miguel dos Santos Simões foi incumbido, pela Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal, de retomar os trabalhos iniciados por Cabral do Nascimento – responsável pela tradução do texto em 1940 – e orientar a futura publicação. Essa tarefa culminou em 1970, com a edição, portuguesa e inglesa, do Jornal de uma Visita à Madeira e a Portugal (1853-1854), com introdução conjunta de Cabral do Nascimento e Santos Simões, e notas deste último a complementar os textos originais. As anotações, resultantes de uma minuciosa e sistemática investigação, dão-nos informações sobre a identidade da autora, o seu percurso de vida, relações familiares, esclarecem e confirmam diversos detalhes da sua viagem à Madeira e a Portugal. Em 1978 o Dr. Frederico de Freitas lega as suas coleções à Região Autónoma da Madeira, o que naturalmente engloba o precioso conjunto.

Isabella Hurst de França (1795-1880) casara, a 3 de Agosto de 1852, com José Henrique de França, nascido em Londres, mas de ascendência madeirense e proprietário de terras nos
concelhos da Calheta e Funchal. Fora uma união tardia, ela com 57 anos e ele com menos sete, sendo a ida à Madeira uma espécie de viagem de núpcias empreendida, quase um ano depois, para conhecer as origens do noivo. Embarcaram em Londres, a 23 de Julho de 1853, iniciando a viagem de cerca de 23 dias até ao Funchal, onde permaneceram quase 11 meses.
O diário contém a descrição de toda essa estadia, dos passeios pelas redondezas da cidade e outros pontos da costa sul da Ilha. O relato muito vivo e alegre, repleto de curiosidades, pormenores sobre a história, as lendas, os usos e costumes locais, não isento de algumas opiniões questionáveis, constitui um manancial único de informação sobre a vivência da época.

domingo, 15 de agosto de 2021

Nossa Senhora do Monte

 



Nossa Senhora do Monte
Atribuído a Nicolau Ferreira (1731-ca. 1790)
Óleo sobre tela, moldura de talha dourada
Portugal, Madeira, séc. XVIII (3º quartel)


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

CORES QUE FAZEM SENTIDO - azul índigo


 Jarro

Faiança, moldagem

Fábrica Sant'Anna

Lisboa, Portugal, ca. 1940-1970

Conhece esta personagem de caneca na mão e casaco comprido de um belo tom de AZUL? É Toby Philpot o homem que bebia em excesso e cujos restos se tornaram o barro, usado num jarro de cerveja. 

Jarro antropomórfico em faiança polícroma. Representa uma figura masculina de pé, de grandes olhos, boca entreaberta, bigode mal aparado e cabelos ondulados castanhos. Veste casaco azul comprido, repleto de botões amarelos, calças claras, colete amarelo abotoado na frente e laço ao pescoço da mesma cor. Usa botas castanhas, pelo joelho e um chapéu tricórnio na cabeça. Segura na mão na direita um pequeno jarro castanho e na esquerda um bastão. O bico do jarro é formado pela dobra frontal da aba do chapéu e a asa, em curva e contracurva, implanta-se nas costas, pintada de amarelo.

Apesar de se conhecerem tipologias parecidas anteriores, com um homem sentado, corpulento e bonacheirão, em faiança de Delft, na Holanda, e por sua vez reproduzidas em porcelana de encomenda proveniente da China e do Japão, no século 18, este jarro deriva do modelo inglês, designado Toby Jug. Popular a partir de 1760, representava então um homem, de feições alegres, sentado, de caneca nas mãos. Trajada à época, a figura surgia de casaco comprido, com bolsos, colete, lenço ao pescoço, calções, sapatos de fivela e chapéu de três pontas (tricórnio), servindo uma delas de bico por onde o líquido era vertido. 

Não é certa a origem do nome Toby, mas a maioria defende tratar-se de Toby Philpot (ou Fillpot), alcunha derivada de “fill-pot” atribuída a Henry ou Harry Elwes, um corpulento e afamado bêbado, falecido em 1761, que se dizia ter bebido cerca de 9000 litros de cerveja.  Toby Philpot foi tema de uma canção popular, da autoria do Reverendo Francis Fawkes (1721-1777), publicada em 1761 com o título “Brown Jug” e que contava a história de como o enorme corpo Philpot, após sepultado, se tornara o barro aproveitado por um oleiro para modelar um jarro castanho, o qual, para júbilo da sua alma sedenta, era usado para servir cerveja. Ajudou ainda à disseminação deste modelo a edição da gravura “Toby Phillpot” por Carington Bowles (1724-1793), representando uma alegre e barriguda personagem, sentada, erguendo um jarro numa das mãos e segurando um cachimbo na outra. 

A produção dos primeiros Toby Jugs está associada a Ralph Wood I (1715-72), oleiro de Staffordshire, e ao seu filho Ralph Wood II (1748-95), mas a forma popularizou-se ao longo dos séculos 18 e 19, sendo reproduzida com imensas variações em praticamente todas as fábricas de cerâmica inglesas. Nos bares e tabernas, este tipo de jarro servia para recolher a cerveja do barril, enquanto que a copa amovível do tricórnio era o recipiente usado para bebê-la.

A produção dos Toby Jugs alastrou-se por diversos países da Europa, entre os quais Portugal, como atesta este exemplar realizado na Fábrica Sant’Anna, no século 20, provavelmente entre os anos de 1940 e 1970. Esta fábrica teve a sua origem numa pequena olaria, fundada na zona de Sant’Anna, à Lapa, em Lisboa, corria o ano de 1741. A sua produção inicial caracterizava-se essencialmente pela produção de objetos utilitários em barro vermelho, não decorado e será após o terramoto de 1755, face à crescente e urgente procura de azulejos, mais acessíveis do que a pedra, que se terá virado para o fabrico destes revestimentos e depois de faiança pintada à mão. Entre 1930 e 1931 a fábrica transferiu-se para a Rua da Junqueira e mais tarde, nos anos 40, para a Calçada da Boa Hora, onde ainda continua a laborar, sempre fiel às mais antigas técnicas artesanais, produzindo azulejos, bem como cerâmica tradicional e decorativa.


quinta-feira, 29 de julho de 2021

CORES QUE FAZEM SENTIDO - azul índigo

 

Azulejos

Cerâmica siliciosa, moldada e pintada sob vidrado

Irão, dinastia Qajar, 1865-85


Se há uma cor que se associa à Pérsia, atual Irão, é precisamente o AZUL. Está relacionada com o cobalto, pigmento raro e dispendioso extraído das minas persas de Caxã, usado nas manufaturas do vidro e cerâmica e exportado para a China, a partir do século 14, para colorir de azul as brancas porcelanas. É um azul vibrante que encanta, tal como o tom usado nestes dois azulejos.

Azulejos moldados com decoração figurativa pintada sob vidrado. Retratam cenas de caça, com archeiros montados sobre cavalos brancos, a perseguir javalis. Os homens de turbante na cabeça, trajam uma veste interior longa, casaco curto, um deles aberto e debruado a pele e o outro fechado com alamares, cintos, calças e botas pelo joelho. Apresentam-se com o tronco voltado para a esquerda, olhando para trás, com o arco esticado entre as mãos. Abaixo, correndo a par dos corcéis a galope, dois javalis em fuga. O fundo é azul, semeado de plantas e flores, com alguns edifícios ao longe, no canto superior esquerdo, e montanhas no lado oposto.

A composição é delineada e pintada, sobre a base branca, com diversas cores obtidas a partir de pigmentos minerais e metálicos. O cobalto era utilizado para o azul, o manganês para o arroxeado, o cobre para o verde, o antimónio ou o ferro para o amarelo e o crómio para o preto. O contorno a preto era um passo fundamental para acentuar a definição do desenho, uma vez que as cores podiam escorrer um pouco no vidrado durante a cozedura.

A cerâmica siliciosa destes azulejos, era um material usado no Egito, na Síria e no Irão desde o século 12 e resultava de uma pasta obtida a partir do quartzo e vidro, moídos, misturados com uma argila branca, muito fina. Mais clara, compacta e resistente que o barro tradicional, a sua origem prende-se com as tentativas de igualar as qualidades únicas da porcelana chinesa, cuja brancura e brilho não tinham rival. Apesar de diferente, esta pasta representou uma grande evolução, pelas suas qualidades de resistência e maleabilidade, sendo possível moldá-la nas mais diversas formas e servindo de base ideal à pintura aplicada diretamente ou sobre uma fina camada de engobe branco. Nesse campo oferecia grandes possibilidades decorativas, sobretudo após a adoção do vidrado transparente alcalino que garantia a estabilidade dos pigmentos coloridos usados na pintura sob vidrado, para além de conferir um brilho e impermeabilidade, extras. A cerâmica siliciosa decorada com pintura sob vidrado era preferencialmente usada na azulejaria e na cerâmica de luxo dos povos islâmicos do Médio Oriente, primeiro no Irão onde o seu uso se prolonga pelos séculos 19 e 20, no Egito e na Síria a partir do século 15, e na Turquia na célebre cerâmica de Iznik, cujo apogeu acontece no século 16.

A partir de meados do século 18 e durante a dinastia Qajar (1779- 1924) assiste-se no Irão a um período de relativa paz que levou à construção de novos edifícios e palácios, o que significou um novo alento para a indústria dos azulejos. Essa produção centrada em Teerão e Isfaão, inspira-se em modelos anteriores, nomeadamente de tradição Safávida, a dinastia reinante entre os anos de 1501-1732, que utilizava a representação figurativa, de personagens enquadradas em paisagens, muitas a cavalo, cenas da corte, banquetes e temas épicos da literatura e da poesia. Está também associada ao aparecimento de uma nova cor, o rosa.

Na segunda metade do século 19, muitos destes azulejos, extremamente decorativos e apreciados pela sua temática, apuro técnico, pintura delicada e cores apelativas, para além de se destinarem ao consumo interno, também eram escoados para o estrangeiro, através de encomendas e compras de exemplares isolados, recordações adquiridas por visitantes ingleses de passagem pelo Irão. Na Inglaterra, muitos foram aplicados em fogões de sala de casas de campo, outros integram hoje coleções de museus, como o Victoria and Albert Museum ou o British Museum, de Londres.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Dia Mundial da Liberdade de Pensamento


“Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

ATL JARDINARTE 2021



 Lembramos aos educadores das crianças inscritas que amanhã começa o ATL Jardinarte. Será de 13 a 16 de julho das 14h00 às 17h00. ‍

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Recordando a exposição temporária "AS CRIANÇAS DA CASA DA CALÇADA"

 






















Pode ser "revisitada" através do livro e/ou através da visita temática que aborda as diferentes vivências culturais e educacionais a partir das representações de crianças nas peças do Museu.